Cruel oceano que devoras as nossas naus
Reduzes poderosas frotas a meros paus
Fazemos parte de ti quando nos tragas
Mostra a doçura do abraço das tuas vagas
Porque o teu sal é o ópio Lusitano
A nossa paixão torna-te num tirano
Envolves a nossa alma numa eterna aliança
Levas-nos na tentação de mais uma dança
A velas da cruz de Cristo decoram a tua vastidão
As tuas tempestades adornam-nos a imaginação
Temos visões de monstros e sereias
Apenas nos mostras a graciosidade das baleias
Em todas as partidas zelas pelas nossas lágrimas
Em cada batalha com o nosso sangue te combinas
Um povo com uma alma de tranquila ansiedade
Somos peregrinos planetários na tua liberdade
Proporcionas-nos exóticas recompensas
E os inimigos de Portugal dispersas
Por um segundo fazes-nos soberanos
Mas como castelos de espuma acabamos.
M.Daedalus
Buda&Pest
Há 9 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário